Laboratório do UNIFEB desenvolve pesquisas sobre toxicidade de herbicidas em peixes para monitoramento ambiental
Outros importantes
estudos são realizados pelo LEEA (Laboratório de Ecotoxicologia e Eficácia dos
Agrotóxicos) permitindo a ampliação da iniciação científica
O LEEA (Laboratório de Ecotoxicologia e Eficácia dos Agrotóxicos) do UNIFEB (Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos) está à frente de importantes pesquisas voltadas ao monitoramento da toxicidade de herbicidas em ambientes aquáticos da região de Barretos. Coordenado pelo Prof. Dr. Claudinei da Cruz, o trabalho utiliza peixes como bioindicadores, permitindo identificar a presença desses produtos químicos na água e avaliar seus impactos.
Segundo o professor, o LEEA do UNIFEB desenvolve pesquisa
sobre monitoramento da toxicidade de herbicidas com a utilização de peixes para
demonstrar a presença destes produtos químicos no ambiente aquático da região
de Barretos. “Este estudo permite desenvolver uma técnica de baixo custo e
rápida de avaliação de herbicidas no ambiente, além de possibilitar conhecer os
efeitos da toxicidade aguda e crônica do hipoclorito de sódio para o peixe
zebrafish, um modelo biológico reconhecido em diversas áreas do conhecimento,
incluindo estudos sobre desenvolvimento e tratamento de câncer. No laboratório
do UNIFEB, temos um setor de reprodução e produção deste modelo biológico. Este
projeto é coordenado pela Profa. Dra. Nathalia Garlich, do LQA (Laboratório de
Química Ambiental), também do UNIFEB”, destacou.
As pesquisas fazem parte de dois projetos de iniciação
científica do programa PIBIC 2025-2026, com bolsas para as alunas Rafaella
Pereira e Ana Laura Alison, do curso de Medicina Veterinária. “Em um dos
projetos será validado um peixe, conhecido como platy, como modelo biológico
para estudos de toxicidade aguda e monitoramento ambiental de agrotóxicos. Além
disso, outra aluna do curso de Medicina Veterinária, Mariana Costa, realiza
iniciação científica utilizando diversas espécies aquáticas no estudo da
toxicidade de herbicidas nos ecossistemas aquáticos. Há também uma aluna do
curso de Biomedicina, Stéfany Varoni, que desenvolverá um estudo de iniciação
científica sobre os efeitos dessas substâncias”, acrescenta o coordenador.
O professor explica que os projetos de iniciação científica
envolvem o estudante na rotina da metodologia científica, com o objetivo do
desenvolvimento técnico-científico. “Os alunos são responsáveis pela fase de
reprodução dos peixes, manutenção e crescimento até a fase de instalação dos
experimentos. Durante os estudos, todas as análises de qualidade da água,
sinais clínicos de intoxicação e comportamento dos animais são monitorados e
avaliados pelos alunos”, disse
Além de estudantes de Medicina Veterinária, o LEEA conta com
a participação de alunos de Agronomia e Biomedicina, reforçando seu caráter
multidisciplinar. “Os projetos têm como objetivos complementares desenvolver
uma forma de monitorar os efeitos dos herbicidas nas águas dos rios, córregos e
outros corpos hídricos da região, além de estabelecer um novo peixe para
monitoramento ambiental de agrotóxicos”, afirma Claudinei.
No contexto acadêmico, ele destaca que “no UNIFEB, um dos
pontos importantes da iniciação científica é o aluno fazer e participar de
todas as fases dos projetos, desde a fase de elaboração, condução e redação dos
relatórios científicos, possibilitando uma aprendizagem completa de todo o
ciclo da pesquisa, sendo um diferencial na formação acadêmica dos cursos de
graduação”.
Para o coordenador, a estrutura e a diversidade acadêmica do
UNIFEB favorecem a realização de pesquisas de alto nível. “O UNIFEB é um Centro
Universitário completo, que pode oferecer, entre diversas atividades, a
possibilidade do aluno fazer sua iniciação científica durante o curso de
graduação, possibilitando um melhor preparo para o mercado de trabalho ou para
a pós-graduação”, reforça.
O Reitor do UNIFEB, Prof. Dr. Angelo Davis, destaca que este
projeto é um exemplo claro de como a pesquisa científica pode contribuir
diretamente para a preservação ambiental e para a formação de profissionais
altamente qualificados. “Atividades como essa colocam nossos alunos em contato
com problemas reais e os capacitam para propor soluções inovadoras, reforçando
o compromisso do UNIFEB com a ciência, a sustentabilidade e o desenvolvimento
da nossa região”, finaliza.