Alunos de Engenharia Civil do UNIFEB testam resistência de protótipos de pontes produzidas com macarrão
A competição é promovida anualmente pelo Centro Universitário barretense entre os alunos do primeiro semestre do curso e atendeu todos os protocolos sanitários de segurança contra a Covid-19
Os alunos do primeiro semestre do curso de Engenharia Civil do UNIFEB (Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos) participaram da competição interna anual para testagem de resistência de protótipos de pontes produzidas com macarrão.
O Projeto Integrador “Ponte de Espaguete” foi coordenado pelo Prof. Me. Gabriel Moreira Migliore, que leciona no curso de Engenharia Civil do Centro Universitário. “Esta atividade é organizada com o objetivo de que os alunos apliquem os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula no projeto e construção de um protótipo de ponte de macarrão do tipo espaguete, que é posto à prova até a sua ruptura”, explicou o professor.
O curso de Engenharia Civil do UNIFEB é um dos mais antigos do país e já está na 55ª turma. De acordo com o reitor do Centro Universitário, Prof. Dr. Fabiano de Sant’Ana dos Santos, a FEB (Fundação Educacional de Barretos) foi criada em 25 de agosto de 1964, por meio de uma Lei Municipal, onde a instituição seria a mantenedora de faculdades que congregariam vários cursos de bacharelado e licenciaturas atendendo um raio de 250 quilômetros. “A primeira unidade de ensino instalada na FEB foi a FAENBA (Faculdade de Engenharia de Barretos), em 1966, ofertando os cursos de Engenharia Civil e Engenharia Elétrica, que, desde então, sempre foram destaques na região e pelo Brasil afora em função da qualidade do ensino. Nossos professores são renomados mestres e doutores engajados em acompanhar a evolução das profissões e avanços tecnológicos, por meio de uma grade curricular inovadora. Já formamos alunos que hoje atuam em posições de destaque no Brasil e exterior”, lembra.
Em relação à competição das pontes de macarrão, o professor Migliore explicou que elas foram construídas em arco e em forma de treliça utilizando apenas massa do tipo espaguete número 7 e colas quente ou fria (à base de epóxi ou resina). “O peso da ponte, considerando a massa espaguete e as colas utilizadas, não poderia ser superior a 1 kgf [quilograma-força]”, disse Migliore.
A competição foi realizada no Laboratório de Materiais de Construção Civil do UNIFEB, atendendo todos os protocolos sanitários de segurança contra a Covid-19. “Os protótipos foram inicialmente medidos e pesados para verificar se atendiam os critérios da competição e em seguida foram realizados os testes. A carga inicial aplicada foi de 5 kgf e posteriores incrementos foram definidos pelos membros dos grupos que realizavam o teste. A carga de ruptura da ponte é a última que a estrutura é capaz de suportar”, detalhou.
Segundo Migliore, este tipo de atividade permite que os alunos desenvolvam competências e habilidades requeridas pelo mercado de trabalho, como planejamento, projeto, orçamento, construção e trabalho em equipe. “O projeto Ponte de Espaguete é uma atividade acadêmica realizada em várias instituições de ensino no Brasil e no exterior. A primeira instituição de ensino que realizou esta competição foi a Okanagan College no Canadá em 1983. No Brasil, a competição iniciou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2004, sendo, posteriormente, seguida por mais de 20 instituições brasileiras. Em Barretos, a competição é realizada anualmente pelo UNIFEB desde 2010”, enfatizou.