NAC e curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIFEB promovem CineArq: Lembranças do Futuro
O documentário retratou a vida do
arquiteto Affonso Eduardo Reidy e sua significativa contribuição para a
arquitetura brasileira e para a produção da cidade do Rio de Janeiro
Fomentando ainda mais a imersão na cultura, aconteceu no último dia 29 de maio o CineArq: Lembranças do Futuro, organizado pelo NAC (Núcleo de Apoio Cultural) do UNIFEB (Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos) em parceria com o curso de Arquitetura e Urbanismo. O evento contou com a apresentação de um documentário e logo após foi realizado um debate com as presenças de Aurimar de Freitas Figueiredo, representando a ABC (Academia Barretense de Cultura); Prof. João Carlos Correa, docente do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIFEB; além da mediadora Profa. Maria Clara de Oliveira Calil, coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário.
Maria Clara explica que o CineArq é um evento criado pelo
curso de Arquitetura e Urbanismo, que teve sua primeira edição em 2023, na IV
Semana Científica e Cultural, onde é transmitido uma obra cinematográfica, que
elucida discussões fundamentais para a formação acadêmica e pessoal dos alunos.
“Essa atividade se apresenta aos discentes como uma potencialidade e uma
ferramenta de construção de opinião crítica sobre os principais temas
arquitetônicos, urbanos e sociais, devido ao debate realizado ao final do
filme”, disse.
O documentário “Lembranças do Futuro” retratou a vida do
arquiteto Affonso Eduardo Reidy e sua significativa contribuição para a
arquitetura brasileira e para a produção da cidade do Rio de Janeiro. Suas
principais obras têm o objetivo de levar em consideração que o habitar deve
ocorrer em espaços urbanos, públicos, de lazer, trabalho, estudo ou moradia,
porque ele estende-se a todas as atividades humanas. A nomenclatura da segunda
parte urbanismo e arquitetura retrata um ponto importante nesta profissão. Tudo
o que é construído apresenta impacto e consequências na paisagem urbana, porque
a arquitetura e o urbanismo são inseparáveis, são saberes, espaços e escalas
complementares à produção do habitar de maneira calorosa, rítmica, poética,
equilibrada e harmoniosa às necessidades humanas.
A coordenadora Maria Clara destaca que durante o debate uma
das perguntas realizadas por um aluno chamou muito atenção. Ele perguntou:
“Qual é a posição que nós jovens arquitetos devemos tomar frente ao cenário
atual?”. “Como resposta, os membros da banca, cada um à sua maneira, colocaram
duas questões importantes. A primeira que os arquitetos urbanistas apresentam
uma função social importante e que é preciso pensar qual é a cidade que estamos
construindo e como vamos habitar os espaços. E a segunda, a importância da
criatividade e generosidade no momento de projetar, afinal, os arquitetos e
urbanistas são seres naturalmente criativos e que precisam estimular essa
identidade, para que seja transmitida de forma harmônica e única aos espaços
construídos”, destacou.
Para o coordenador do NAC, Prof. Dr. Davi Aguiar, eventos
deste porte estimulam o olhar crítico dos alunos às dinâmicas socioambientais,
econômicas e culturais, visto que discutem temas atuais com a leitura crítica
da arte. “Atividades como esta possibilitam que os estudantes conectem os
assuntos abordados em sala de aula com o cinema, obras de arte, música, fotografia
e demais meios de expressão artística, mas, principalmente, permitem que
estejam aptos a discutirem e debaterem as problemáticas atuais”, enfatizou.
De acordo com Maria Clara, o arquiteto é um profissional que
realiza projetos não apenas com base na concepção estrutural, mas com o
propósito de olhar o passado, compreender as necessidades atuais do usuário
para projetar o futuro. A cultura se aprofunda com as características
históricas, identitárias, costumes e modos de vivência e interação e social,
pontos importantes no processo de concepção de projeto. “A repercussão do
cinema entre os discentes é extremamente benéfica e a devolutiva é sempre
positiva, por serem obras cinematográficas que eles não assistiriam em casa
sozinhos. Estes filmes e documentários trazem reflexões importantes sobre a
profissão, olhar crítico sobre as problemáticas contemporâneas e também
ampliação de repertório em relação a diretores, músicos e artistas”, finalizou
a coordenadora de Arquitetura e Urbanismo.